Escrito por Wesley Oliveira
Uma ação coordenada pelas forças estaduais de segurança simulou o desfecho da tentativa de um assalto por três infratores a um supermercado. O delito foi frustrado, porém culminou no sequestro de um ônibus coletivo de passageiros.
A operação contou com policiais da Força Tática, e do BOPE (Batalhão de Operações Policiamento Especial), da Polícia Militar de Roraima, e agentes da GRT (Grupo de Resposta Tática), da Polícia Civil.
A ação foi realizada nesta quinta-feira, 2, na rua Curitiba, no bairro Nova Cidade. A intenção da atividade policial era demonstrar a capacidade de gerenciamento de crise e preparo das forças policiais do Estado, em situações semelhantes, que possivelmente venha a se apresentar na sociedade.
A moradora do bairro onde ocorreu a simulação, Gleidemara Miriam, disse que ficou impressionada ao se deparar com o acontecimento, e por um instante imaginou que seria real.
“Achei muito importante, porque assim ficamos mais tranquilos e nos sentimos mais seguros, pois é uma situação que pode ocorrer com a gente. A Polícia atuou muito bem. No início até achei que fosse real”, declarou.
A adolescente, Talita da Silva, de 14 anos, observou do quintal de casa como tudo aconteceu. “Fiquei um pouco assustada com os gritos das mulheres desesperadas vindo de dentro do ônibus, achei que era real, mas me tranquilizei quando fiquei sabendo que se tratava de um treinamento”, relatou.
SALA DE GERENCIAMENTO DE CRISE
O governador Antonio Denarium, junto à cúpula de Segurança Pública do Estado acompanhou todo o treinamento por meio do videomonitoramento das viaturas do Polícia na Rua, transmitido pela sala de monitoramento na Sejuc (Secretaria de Justiça e Cidadania). Ao final, elogiou a ação das forças de segurança na simulação.
“Foi um sucesso. Tudo ocorreu dentro da normalidade, seguindo todos os critérios para um sinistro como esse e isso demonstra o preparo que nossos policiais militares e civis têm para atuação do dia a dia”, enfatizou.
Também na sala de monitoramento, o comandante Geral da PMRR, coronel Francisco Xavier, conduziu a negociação, em contato direto com a equipe que estava no local do sinistro. “Foi uma ação exitosa. Planejamos com cautela e o resultado foi dos melhores. Isso revela o grau de preparação que nossas forças de segurança têm para atuação diária “, enfatizou.
ENTENDA A AÇÃO
Na operação, os policiais isolaram a área com o perímetro de aproximadamente 500m, isso para manter o ambiente seguro tanto para os moradores locais, quanto para os agentes envolvidos.
Também a simulação contou com um militar especialista em gerenciamento de crise e três negociadores da PMRR, três porta-vozes, dois atiradores de elite, sendo um da PMRR e um da GRT, ambos posicionados em local estratégico.
Ao todo, 10 viaturas e 45 agentes de segurança foram utilizados na ação. Após horas de tensão e negociação com os infratores, o desfecho se deu com a libertação das reféns, que foram encaminhadas ao HGR (Hospital de Geral de Roraima Rubens de Souza Bento) e terminou com a rendição dos três meliantes presos e encaminhados à Delegacia de Flagrantes.
Um dos coordenadores da diligência, o capitão César Damasceno, ressaltou a grandeza e o sucesso do treinamento empregado com os homens e mulheres envolvidos.
“Consideramos uma atuação de grande envergadura, por toda logística empregada aqui, tivemos empregado 10 viaturas. O evento se tratava de um assalto, mas não deu certo entraram no coletivo para garantir a fuga, mas a PMRR está sempre preparada com sua equipe que se mobilizou para o cenário da crise, onde fizemos o processo de negociação e conseguimos a rendição dos infratores sem a necessidade de uma intervenção letal. O desfecho foi favorável para as duas partes, mas acontece de não ser favorável para o delinquente. A Polícia Militar sempre sai positivada nesse tipo de ocorrência”, frisou.
